sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

YEMANJÁ

Iemanjá, Iyemanjá, Yemanjá, Yemaya, Iemoja, ou Yemoja
Dandalunda (angolas), Kaiala (congos), Janaína, Inaê, Sobá, Oloxum,  Princesa de Aiuká, Sereia Mukunã, Senhora da Calunga Grande, Rainha do Mar ou Senhora da Coroa Estrelada, Senhora das Ca



Yemanjá é uma Divindade assentada no pólo positivo do Trono da Geração e da Vida.
Ela irradia o tempo todo seu fator gerador e criacionista que estimula a geração e a criatividade das pessoas, trazendo oportunidades de crescimento em todos os sentidos da vida, pois ira estimular a geração de vidas, geração de idéias, geração de amor, etc...
Nos mitos da criação do universo, ela é a representação do princípio feminino. Nos templos africanos, é retratada como uma mulher de seios fartos e semblante calmo, porém decidido. Associada ao movimento das águas e à fertilidade, Yemanjá é dona de grande poder de sedução, capaz de encantar os marinheiros e arrastá-los para o seu palácio submerso – de onde nunca mais retornam.
Nas Linhas de trabalho da Umbanda, Yemanjá é a sustentadora do povo d´agua como marinheiros e sereias. Sua força também está presente em todas as entidades que possuem o nome "Maria", como Maria Padilha, Maria Mulambo, Maria do Cais, Maria do Congo, etc...
As entidades da vibração de Yemanjá em sua enorme maioria trazem o poder da cura, por serem exímios manipuladores da água, o elemento da vida, possuem grande capacidade para curar, regenerar tecidos recuperar a vitalidade de cada órgão das pessoas.
 Entre as entidades mais conhecidas dessa vibração estão Jurema da Praia, Iara, Ondina, Jandira, Jacira, Caboclo da Lua, Beira-Mar, Ubirajara, Exu do Mar, Exu sete ondas, Pomba Gira da Praia, entre outros.
Suas águas salgadas simbolizam as lágrimas de uma mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo, tomando rumos independentes
Além de protetora da vida marinha, Iemanjá é principalmente a protetora da harmonia familiar, do lar, do casamento e do nascimento, é sua força que ampara o momento do nascimento de um bebe.
Ela simboliza a maternidade, o amparo materno, pois é a Mãe da Vida.


ARQUÉTIPO

As filhas (e filhos) de Yemanjá possuem como características básicas a força e a determinação, assim como o sentido da amizade e do companheirismo, são pessoas presas no arquético da mãe, a família e os filhos; são doces, carinhosas, tradicionais, pouco rígidas, sentimentalmente envolventes e com grande capacidade de empatia com os problemas e sentimentos dos outros, não gostam de mudanças e apreciam a rotina do cotidiano, são muito protetoras, possuem o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justas, mas formais; põem à prova as amizades que lhes são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais.
Preocupam-se com os outros, são maternais e sérias. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Elas têm tendência à vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano não lhes permitem, mesmo quando pobres, pode-se notar uma certa sofisticação em suas casas, se comparadas com as demais da comunidade de que fazem parte.
As filhas e filhos de Yemanjá não podem ficar expostos à poeira, pois tendem a desenvolver problemas respiratórios.
São pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta da tribo, inconsciente ancestral, e costumam, por isso casar ou associar-se cedo. Não apreciam as viagens, detestam os hotéis, preferindo casas onde rapidamente possam repetir os mecanismos e os quase ritos que fazem do cotidiano. Apesar do gosto pelo luxo, não são pessoas obcecadas pela própria carreira, sem grandes planos para atividades a longo prazo, a não ser quando se trata do futuro de filhos e entes próximos.
 Mas nem tudo são qualidades em Iemanjá, como em nenhum Orixá. Seu caráter pode levar o filho desse Orixá a ter uma tendência a tentar concertar a vida dos que o cercam - o destino de todos estariam sob sua responsabilidade, serem controladores, voluntariosos, capazes de fazer chantagens emocionais e, algumas vezes, impetuosos e arrogantes. Os filhos de Iemanjá demoram muito para confiar em alguém, bons conhecedores que são da natureza humana. Quando finalmente passam a aceitar uma pessoa no seu verdadeiro e íntimo círculo de amigos, porém, deixam de ter restrições, aceitando-a completamente e defendendo-a, seja nos erros como nos acertos, tendo grande capacidade de perdoar as pequenas falhas humanas. Um filho de Iemanjá pode tornar-se controlador e rancoroso, remoendo questões antigas por anos e anos sem esquecê-las jamais.


HISTÓRIA

Seu nome deriva da expressão Yeye Omo Ejá, que significa "mãe cujos filhos são peixes"
Yemanjá é a divindade da nação yorubá Egbá e até o inicio do século XIX era cultuada no rio Yemanjá que fica na região entre Ifá e Ibadan. Com o inicio da guerra entre as nações yorubás, os Egbas tiveram que migrar para o oeste e se estabeleceram em Abeokutá. Como não podiam levar o rio com eles, transportaram os objetos sagrados de Yemanjá, seus axés, e transformaram o rio ògùn (não confundir com o orixá Ogum) na nova morada de Yemanjá.


MITOLOGIA

Na Mitologia iorubá conta que Yemanjá, filha de Olokun, a dona do mar, cansada da vida que levava em Ifé, fugiu para Abeokutá, na direção do entardecer da terra, onde vivia Okerê, rei de Xaki. Ela continuava bonita, apesar de ser mãe de muitos filhos, e Okerê desejou-a e propôs-lhe casamento. Yemanjá aceitou, impondo uma condição: que o rei jamais zombasse de seus seios imensos. Um dia, porém, Okerê bebeu vinho de palma em excesso e a molestou. Yemanjá chamou-o de bêbado imprestável e Okerê chutou-lhe os seios e zombou deles. Ela começou a chorar. Chorou tanto que de seus olhos desceram águas tumultuadas que a tudo tragaram: casa, marido, filhos, animais, a cidade inteira. Ninguém se salvou das ondas geradas pelo pranto de revolta de Yemanjá. Desde então ela vive no fundo do mar, longe dos homens, reinando sozinha em seu império de conchas e peixes.


YEMANJÁ NO BRASIL E NO MUNDO

No Brasil, Yemanjá é um dos orixás mais populares e reverenciados da Umbanda, do Candomblé, Batuque, Xambá, Xangô do Nordeste, Omoloko e mesmo por fiéis de outras religiões.
Na Bahia existem sete qualidades de Yemanjá: Yemowô, a mulher de Oxalá; Yamassê, a mãe de Xangô; Ewá, nome de um rio africano; Olossá, nome de uma lagoa africana; Ogunté, a mulher de Ogum; Assabá, a manca que está sempre fiando algodão; Assessu, a voluntariosa. Apesar de se manifestar de tantas formas e sob tantos nomes, Yemanjá é uma só na alma do povo.
Em Cuba, é conhecida por Yemayá e também possui as cores azul e branca, é uma rainha do mar negra, assume o nome cristão de La Virgen de la Regla e faz parte da Santeria como santa padroeira dos portos de Havana.
A mais tradicional Festa de Yemanjá acontece em Salvador, capital da Bahia, tem lugar na praia do Rio Vermelho todo dia 2 de Fevereiro. Na mesma data, Yemanjá também é cultuada em diversas outras praias brasileiras, onde lhe são ofertadas velas e flores, lançadas ao mar em pequenos barcos artesanais. Na verdade suas festividades e homenagens começam logo após o Natal e se estendem por todo mês de janeiro do ano seguinte em todo Brasil. Na praia de Copacabana as comemorações de Yemanjá marcam a passagem de ano e podem ser vistas também por toda orla marítima do Rio de Janeiro.


QUANDO OFERENDAR YEMANJÁ

- Para Proteger a família.
- Para Harmonia do Lar, do Casamento, da Familia, dos Sócios
- Para Gerar oportunidades, bons negócios, harmonia, amor.
- Para iniciar algum projeto com proteção e êxito


FIRMEZA PARA YEMANJÁ

Colocar dentro de uma quartinha azul clara ou dentro de uma taça de cristal, 33 búzios e cobrir com água com alfazema. (trocar a água semanalmente)


PRECE PARA YEMANJÁ


Mar, imenso e profundo
 Aqui deixo todos os meus males
 Todas as más influências
 Todos os pontos negativos
 Que possam perturbar
 A minha evolução...
 Recebe em tuas profundezas
 Tudo aquilo que me é maléfico
 E devolve-me os fluídos eternos
 Que hão de me tornar forte
 Para que eu possa fortalecer
 Todos aqueles que me rodeiam
 Enche-me o espírito de bênçãos
 Para que eu possa abençoar
 Toda a humanidade
 Em nome do infinito poder.
 Lava-me a matéria
 Para que eu possa conservá-la
 Digna do espírito que me anima
 Deixo na imensidade da tua força
 Todos os males
 E levarei comigo,
 Todo o poder
 Da magia superior que representas.
 Odociaba!



Data festiva: 15 de agosto, 2 de fevereiro
Saudação: Odôcyaba! Odôyabá! Odó Iyá! Odoyá Omi Ô!
Símbolo: Lua minguante, ondas, peixes
Sincretismo religioso: Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos Navegantes
Cores: branco cristalino, prata ou azul claro
Instrumento: Abebé, um leque em forma circular prateado que pode trazer um espelho no centro
Pedra: Diamante, água marinha, pérola e madre pérola
Ervas principais: Jasmim, Araticum-da-praia, Folha-da-costa, Graviola, Capeba, Mãe-boa, Musgo marinho encontrado nas pedras marinhas, Alcaparra, Colônia, Pata de Vaca, Embaúba, Abebê, Jarrinha, Golfo, Rama de Leite, Rosa branca, Malva branca, Flor de laranjeira entre outras. aguapé, lágrima de nossa senhora, pístia (erva de santa Luzia), trapoeraba branca (olhos de santa Luzia)
Características: Maternal, protetora, competente, dedicada, mandona, possessiva, Intrigante, controladora.
Oferendas: Canjica branca, peixe, arroz-doce com mel, acaçá, pudim, manjar com calda de ameixa ou de pêssego, mamão, graviola, uvas brancas, melancia, melão água de coco, mel, água salgada ou potável, champanhe clara e suco de suas próprias ervas e frutos, rosas e palmas brancas, angélicas, orquídeas, crisântemos brancos.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Oxalá

É o Orixá da criação. Representa o mais alto na hierarquia dos Orixás, tendo como contraparte nosso Mestre Jesus, o médium supremo.
É cultuado como o Senhor de todas as coisas e do universo, pois é Ele quem ordena aos Orixás que venham ajudar seus filhos por meio dos Guias e Mensageiros que vêm à Terra. Sua imagem é a de Jesus Cris to, sem a cruz e de braços abertos.
Como Orixá na Umbanda, Oxalá se apresenta sob três formas:
Oxalá: sincretizado com Jesus Cristo.
Oxalufan: o Oxalá Velho, sincretizado com Jesus no Monte
das Oliveiras.
Oxaguian: o Oxalá Menino, que é sincretizado com o Menino Jesus de Praga.
Oxalufan, Oxalufã, Oxalufon ou Orixalá
É considerado um Oxalá muito velho e sábio, é a primeira forma de Orixá que foi criada por Olorun no início dos tempos, sendo assim associado ao ar que existia antes da criação da Terra e também à água do início da existência. Detém o axé da criação de todos os seres da Terra, representando a fer­tilidade masculina.
Veste-se inteiramente de branco, sendo responsável pela manutenção da paz e da tranquilidade entre os seres criados. Representa a matu ridade, a sabedoria e o equilíbrio. O raciocínio e a constante reflexão sobre todos os aspectos da sua existência são as grandes contribuições desse Orixá para os seres humanos.
 Curvado pelos anos, an da com dificuldade e hesi tação. Ele apóia seus passos camba leantes sobre um opa xorô (ou paxorô), grande cajado de metal branco com três pratos, que simbolizam a sua supremacia sobre os mundos dos seres humanos, dos espíritos e dos orixás. O pássaro, que está pousado na ponta do opaxorô, é um mensageiro que faz a ligação entre esses mundos.
Com esses pratos, Oxalá carre ga e distribui o alimento sagrado para todos os seres humanos e seres encantados. Os pingentes, que estão presos aos pratos, simbo lizam os presentes que Lhe eram ofertados nos diferentes lugares por onde passou em suas caminhadas pelo mundo.
O alá é um outro símbolo de Oxalufan, que consiste num pano branco usado para protegê-lo do calor, bem como abrigar, sob sua proteção, todos os seres criados. Serve também para representar a separação entre a Terra e o Céu.
Oxaguian ou Oxanguiã
É apontado como o Oxalá jovem, "o moço", o aspecto guerreiro de Oxalá, que carrega uma espada cheio de vigor e nobreza. Oxaguian incentiva o trabalho e a superação. É o provedor, o guerreiro da paz, é forte, astuto e con quistador. Nunca entra numa batalha para perder, sempre ganhando suas lutas e superando quaisquer obs tá culos. Rege as inovações, a bus ca pelo aprimoramento e o incon formismo. Representa o início de um movimento. É o Orixá da fartura, da riqueza e do raciocínio pleno.
 Oxaguian e Ogum possuem uma grande ligação. Enquanto Ogum for nece meios (ferramentas e armas), Oxaguian fornece inteligência e von tade para vencer, ou seja, além do ra ciocínio, esse orixá usa o artifício da guerra em determinados momentos. Essa guerra não deve ser interpretada ao pé da letra, mas sim, num sentido mais abrangente como, por exemplo, na luta pela sobrevivência. Lembrando que Oxaguian evita ao máximo o confronto, ten tando sempre resolver os problemas de outra maneira, mas se os argu mentos não adiantam, entram na guerra lutando até o final. Portanto este Orixá carrega, além do branco, as cores azul e vermelha.
Obatalá ou Orisanlá
 É o mais velho dos Orixás, "O Grande Rei Branco", "O Grande Orixá" ou "O Rei do Pano Branco" para os iorubás, criador do mundo, dos homens, animais e plantas.
É o pai de Oxalufan, que por sua vez é o pai de Oxa guian. Tão grande e poderoso é, que Obatalá não se mani festa, sua palavra transforma-se, imediatamente, em realidade. Representa a massa de ar, as águas frias e imóveis do começo do mundo, controla a formação de novos seres, é o senhor dos vivos e dos mortos, preside o nascimento, a iniciação e a morte.

Data festiva: 25 de dezembro
Saudação: Epá Babá, Exee Babá, Oxalá Yê Meu Pai.
Símbolo: estrela de cinco pontas.
Sincretismo religioso: Jesus Cristo e Nosso Senhor do Bonfim (na Bahia, onde é padroeiro)
Cores: Oxalá: branco, que é a cor que concentra todas as cores; Oxalufan: branco e prata;
Oxanguian: branco com nuanças de azul ou vermelho
Instrumentos: Opaxorô, um grande cajado enfeitado, feito com prata ou metal branco quando é Oxálufan. Es pada e mão de pilão também em metal branco (seu maior símbolo) quando é Oxaguian, além de espadas (sabre), Ofá (arco e flecha), Atori (Vara), escudo e mão de pilão.
Pedra: Quartzo Cristalino
Ervas principais: girassol, palmas, lírios, jasmim do cabo, tapete de Oxalá (boldo), alecrim, eucalipto, sálvia, entre outras.
Oferendas: frutas, coco verde, mel, canjica, água mineral ou vinho branco.
Ponto de força: todos os locais abertos, limpos e puros como praias, jardins, morros, matas.

Para Que Bater a Cabeça?

Talvez seja a parte da ritualística umbandista cuja simbologia esteja no inconsciente coletivo da humanidade desde o princípio dos tempos.
O ato de levar a cabeça ao solo é encontrado, praticamente, em todas as religiões e foi trazido para alguns protocolos do mundano tendo em vista que em muitas sociedades os seus soberanos eram tidos como representantes terrenos da divindade.
Seu significado pode ser interpretado como (reconhecimento da) submissão do ser humano diante da onipotência da deidade, muitas vezes representada através de fenômenos da Natureza. Ou seja, a aceitação de nossas limitações diante daquilo que não podemos controlar. Trata-se, portanto, de um sinal de respeito e de entrega.
Também pode ser entendido como representação de humildade, bem como uma forma de agradecimento.
Pode-se, então, dizer que na Umbanda bater cabeça significa respeito pelos, orixás, guias e entidades, e ainda nas figuras dos sacerdotes e sacerdotisas ou mais velhos na religião.
 A ritualística pode variar de terreiro para terreiro, em função de doutrina e fundamentos próprios.

Para Que ficar de joelhos no chão? (Conceito da Umbanda)

Dentro das várias ritualísticas que se desenvolvem nos terreiros de Umbanda, é comum vermos principalmente no início e término dos trabalhos espirituais o corpo mediúnico com os joelhos no chão. Alguns vêem esta postura como arcaica e sem sentido, porém nunca se deram ao trabalho de analisarem detidamente tal comportamento.
É de conhecimento geral que as primeiras religiões do globo terrestre já inseriam em seus rituais o Ajoelhar , exteriorização de respeito junto ao Criador e também manifestação de humildade que todos devem ter, seja para com o Divino, seja para com o próximo. Da mesma forma, o ato de postar-se de joelhos fazia e faz ver aos fiéis que assistiam ou assistem uma manifestação de religiosidade, a seriedade, o respeito e a simplicidade do sacerdote, frente ao plano espiritual superior.
A implantação do ajoelhar-se tem como finalidades mostrar a Deus todo o nosso carinho, obediência, respeito e amor e o quanto somos pequeninos diante do universo criado por Ele; e para passar à assistência que aquele espaço de caridade tem a exata noção do papel que desempenha como instrumento de trabalho dos bons espíritos.

significado das Penas do Caboclos na Umbanda...

Existia uma Lenda que o índio que praticava uma ação em benefício de alguém ou da aldeia, recebia uma faixa de couro (tiara), que era colocada em sua testa (chacra Frontal), sendo presa nesta tiara uma pena com a cor de acordo com a ação que realizará.


  1. A pena Carijó aos que cuidavam das Armas
  2. A pena Dourada era destinada aos Sábios e Conselheiros.
  3. A pena Roxa simbolizava as caçadas importantes
  4. A pena Verde aos que cuidavam das Plantas, Folhas e Frutos
  5. A pena Branca era símbolo da Fé e do Amor
  6. A pena Azul era dada àqueles que protegiam a Aldeia
  7. A pena Vermelha aos grandes Guerreiros

significado da Roupa Branca na Umbanda...

O branco na verdade não é uma cor, e sim o somatório de todas elas e, por isso, traz consigo as propriedades terapêuticas de todas além de ser essencialmente refletora, inclusive de cargas astrais. O branco também favorece a mente estimulando a pensamentos mais puros e sublimes. Por isso são usadas nos Centros de Umbanda as roupas brancas. Sendo assim, o médium deverá zelar por ela, aguardando-a em separado do restante das roupas. Sua lavagem deverá ser feita também em separado preferencialmente, e sua secagem feita nas primeiras horas da manhã de possível. O médium jamais deverá vir vestido de casa com a roupa de trabalho. Ele deverá, sim, colocá-la no momento em que entra no templo a fim de cumprir sua tarefa mediúnica.

A umbanda e a Assistência...

Qual o papel de fato da Umbanda na vida das pessoas que freqüentam seus rituais e ao mesmo tempo, qual deve ser a postura de uma pessoa enquanto participante da assistência em um ritual de Umbanda. Estas duas questões, guardam íntima relação entre si.
A primeira questão tenta descobrir como as pessoas que participam de assistências de cultos de Umbanda, vêem esses cultos e a própria Umbanda. O que destes cultos e das vivências neles apreendidas, elas levam para suas vidas quotidianas? Como essas pessoas se definem em termos de religião?
É certo que não podemos generalizar. Assim como em qualquer coletividade, também em uma assistência estarão presentes pessoas com pensamentos, anseios e posturas diferentes. Mas a questão que se impõe é se é necessário que essas pessoas tenham um mínimo de conhecimento do que é a Umbanda e seus cultos. E se realmente precisam enxergar a Umbanda como religião e até mesmo como a religião delas. Uma premissa muito importante enunciada pela Umbanda é que não se deve negar ajuda a ninguém. Assim, partindo deste princípio não podemos cobrar de uma pessoa que se ela freqüenta os cultos de uma casa de Umbanda, ele se declare como Umbandista.
Sabemos que a Umbanda ainda sofre de muitos preconceitos, e que decorrente disso muitas pessoas que freqüentam cultos de Umbanda têm medo de serem rotulados pejorativamente. Também pela origem multifacetada da Umbanda e também pela premissa de ajudar a todos, não podemos e nem devemos proibir a participação de irmãos oriundos de outros religiões. Por outro lado, podemos considerar que a falta de identificação pode causar uma falta de compromisso. Por isso talvez, sejam tão comuns as queixas sobre pessoas da assistência que vão às sessões de Umbanda apenas para “pedir coisas” mas não honrem as sessões com comportamentos condizentes com os de uma casa religiosa, ou seja, vestem-se de maneira imprópria, conversam em momentos inoportunos, entre outras coisas. Algumas pessoas apenas visitam uma casa de Umbanda quando estão com problemas. Isso significa que não fazem da Umbanda uma opção religiosa constante. Utilizam as sessões de Umbanda como “fast-food de consulta”, isto é, quando precisam, vão até lá, pedem o que precisam e vão embora abandonando o local até que a próxima necessidade os faça regressar.
Outras há que vão apenas aos dias de festas. Elas podem estar encarando a Umbanda como uma bonita manifestação da “cultura popular brasileira”, ou seja, uma atração turística ou ainda “coisa para inglês ver”. Visitam, acham bonito, mas não apreendem o real significado da religião praticada ali. A outra questão, também de extrema importância, é o que a participação da assistência contribui para a sessão. Uma assistência participativa tem o mesmo resultado para uma sessão do que uma assistência apática? O que é mais interessante para a Umbanda, uma assistência ignorante sobre os conhecimentos ou uma assistência consciente do que são os rituais e dos porquês destes rituais. Essas duas questões estão inter-relacionadas porque que quanto mais as pessoas que compõem uma assistência estão integradas no culto, mais elas respeitarão este ritual, participando ativamente dele, entendendo como e porque devem se comportar a cada momento.Elas entenderão melhor que a religião não se pratica somente dentro dos templos, mas em todo o lugar. Elas aprenderão que também elas têm a responsabilidade de fazer a caridade e semear a paz e amor ao próximo.